BL Original passa ser obrigatório para retirada de cargas em terminais

Compartilhe esse artigo

Volta da Obrigação da Apresentação do B/L Original para o depositário

Aproximadamente um ano após o início do trabalho desenvolvido pela Comissão de Direito Marítimo e Portuário da OAB/SP, a Receita Federal do Brasil volta atrás e determina a obrigação da Apresentação do B/L para liberação da mercadoria junto ao depositário em recinto alfandegado.

Em 2013 a Receita Federal retirou a obrigatoriedade da apresentação do B/L original para liberação da mercadoria pelo depositário da mercadoria, gerando enorme celeuma no mercado shipping. Diversas publicações internacionais especializadas criticaram a normativa, inclusive, alegando que a Receita Federal haveria dado uma carta branca para o roubo de cargas.

Consequentemente, diversos NVOCCs e armadores foram processados no exterior em decorrência de suposto ”wrongful delivery” da mercadoria, visto que diversos terminais estavam liberando mercadorias sem a necessária apresentação do Conhecimento de Embarque Original.

Bill of lading

A problemática foi objeto de Conferência da Comissão de Direito Marítimo da OAB/SP  em 05 de Dezembro de 2016 sob a temática: Liberação de mercadorias – Lacunas nas normas e insegurança ao comércio exterior brasileiro, tendo o membro Larry John Rabb Carvalho como expositor, sob mediação do Presidente da Comissão  Luiz Henrique Pereira de Oliveira.

A Conferência resultou na elaboração, pelos membros da referida Comissão, de uma Carta Aberta a Receita Federal além de extenso trabalho para normatização e garantia de Segurança Jurídica ao setor.

A Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (RFB) 1.759 foi publicada na última terça-feira, 14 de novembro, no Diário Oficial da União e passa a obrigar que o importador apresente a via original do conhecimento de embarque marítimo (Bill of Lading – BL) para a retirada de suas mercadorias nos terminais portuários.

O Inciso II do artigo 57 da aludida norma também exige que o depositário arquive, “em boa guarda e ordem”, pelo prazo de cinco anos, a cópia da via original do conhecimento de carga.

Portanto, a inserção do Inciso IV ao art. 54  na IN 680 reduzirá consideravelmente os riscos nas transações comerciais entre importador e exportador, facilitando e aumentando a segurança nas operações de comércio internacional no Brasil. Além de coadunar com os usos e costumes utilizados mundialmente  nas transações de COMEX.

Fonte: Promare Consultoria

 

Leia Também:

BL: ENTENDENDO O CONHECIMENTO MARÍTIMO

Bill of lading

Mais artigos

Incoterm CPT
Blog

Incoterm CPT – Entenda as responsabilidades

No incoterm CPT o vendedor dessa forma, contrata e paga o frete para levar as mercadorias ao local de destino designado. A partir do momento em que as mercadorias são entregues à custódia do transportador, logo os riscos por perdas e danos se transferem do vendedor para o comprador, bem como possíveis custos adicionais que

Blog

Empatia nas empresas facilita atingir metas

As relações dentro do ambiente de trabalho não precisam ser baseadas apenas na competitividade. Quando há empatia nas empresas e entre os membros de uma equipe, ela pode alcançar metas maiores do que quando é levado em conta apenas o resultado pessoal. Incentivar esta habilidade dos colaboradores harmoniza o ambiente de trabalho e promove a

Rolar para cima