Importação de equipamentos de energia solar deve crescer em 2021

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A decisão do Governo Federal de zerar a tarifa de importação de equipamentos de energia solar até o final de 2021 aponta para um crescimento nas importações do setor, que tinha sofrido forte impacto com a pandemia da Covid-19. “A reação do mercado foi quase imediata. Percebemos um aumento nas cotações de frete como também de estudos de projetos para fazendas de energia solar”, destaca Clarissa Borba, analista de operações da Allog. A medida visa incentivar a adoção dessa fonte de energia pelos consumidores, que atualmente responde por apenas 2% da matriz energética do Brasil.

Importação de equipamentos de energia solar

Entre os equipamentos de energia solar com impostos zerados até o final do próximo ano estão bombas para líquidos, para uso em sistema de energia solar fotovoltaico que funciona com painéis solares que captam a luz e geram energia elétrica. Também entram na lista de produtos que passam a ter as tarifas zeradas os rastreadores solares, que são aproveitados em grandes usinas para acompanhar a posição do sol ao longo do dia, o que aumenta a produtividade da unidade.

Facilitação dos negócios

Segundo Clarissa, a expectativa de crescimento do mercado é ainda maior para 2021, apesar de ainda não existirem estudos e números exatos. Até julho de 2020, o imposto de importação sobre equipamentos de energia solar variava entre 12% a 14%. Com essa nova medida, muitos itens passaram a ter incidência de 0%. “Vale lembrar que não são todos os modelos de inversores e placas voltaicas que recebem o benefício, o que gerou uma renegociação geral com os fabricantes, entre aumento de pedidos e cancelamento de lotes”, explica.

A importação de equipamentos de energia solar sofreu um forte impacto com a chegada da pandemia no Brasil tanto no mercado domiciliar, quanto nos projetos industriais e fazendas. A consultoria global WoodMac chegou a apontar, antes da decisão do governo, uma queda de 18% nas expectativas de crescimento para 2020 no segmento.

Principais portos

Em 2019, a Allog carregou, em média, 450 TEUS/mês de produtos do setor de energia solar. Já em 2020, até julho, a média mensal reduziu para 290 TEUS. Os portos de entrada no Brasil mais utilizados pela Allog para receber estes equipamentos são Paranaguá (PR) e Santos (SP), primeiro e segundo lugar, respectivamente. Há a expectativa da inclusão de portos do Nordeste neste ranking, considerando novos projetos que a Allog vem prospectando para o próximo ano.

A decisão do governo, conforme Clarissa, é mais uma de um conjunto de medidas que visam o reaquecimento da economia do país após os efeitos da pandemia. “Além dos benefícios de financiamento para compra e instalação domiciliar dos equipamentos fornecidos pelos bancos públicos e privados, a população pode também usufruir desta tecnologia através do aluguel de lotes em fazendas de energia solar”, lembra. Através do aluguel de lotes, não é necessário ter o investimento de instalação e manutenção, apenas o valor mensal pago à empresa responsável que é convertido em kW.

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