Você já conhece a Zabivaka? A mascote da Copa do Mundo 2018 foi anunciada oficialmente em 2016. Na disputa, estavam animais como lobo, o gato, o tigre-siberiano, a fênix e o urso. Em outubro daquele ano, o ex-jogador Ronaldo lançou a mascote junto ao Comitê Organizador da Fifa 2018, que foi denominada Zabivaka, lobo que, em russo, significa “aquele que marca um gol”.
A Copa do Mundo foi um dos primeiros eventos esportivos a adotar uma mascote. Historicamente, o objetivo da FIFA é chamar a atenção das gerações mais jovens para o futebol, por isso a preferência por personagens em desenho animado. A recomendação da federação é que a mascote represente algo típico do país sede: um animal, uma planta, uma cor etc.
Inglaterra – 1966
A Willie foi inventada pelo artista plástico Reg Hoye em 1966, quando o evento foi sediado na Inglaterra. O país adotou a figura de um leão jogando futebol para representá-lo e fez o maior sucesso. Até uma música foi composta para ele, pelo artista escocês Lonnie Donegan. O leão é um símbolo típico do Reino Unido e, para reforçar o patriotismo, o bichinho veste uma camisa com a bandeira do país.
México – 1970
Em 1970, o México apresentou ao público a primeira figura humana a ser uma mascote de Copa do Mundo. Juanito Maravilla era um garotinho que vestia roupas com as cores do uniforme da seleção mexicana e usava um chapéu (sombrero) típico do país. Seu nome, diminutivo de Juan, é muito comum nos países de língua espanhola. Por ter aparecido ao público na primeira Copa do Mundo globalmente televisionada, Juanito fez ainda mais sucesso do que seu antecessor Willie.
1974 – Alemanha
A Alemanha seguiu o modelo mexicano de usar uma figura humana. Mas, dessa vez, foram escolhidas duas mascotes: o Tip e o Tap são dois garotos felizes que representam o fairplay entre as Alemanhas oriental e ocidental, que, apesar de separadas, participam juntas da competição esportiva. A camisa de um deles estampa a sigla WM, iniciais de Copa do Mundo em alemão; a do outro, o número 74, ano em que foi realizada a competição.
1978 – Argentina
Na Copa da Argentina, a mascote escolhida também foi um garotinho, o Gauchito. O nome é uma abreviação do termo “gaucho”, usado para designar o homem do campo nos países latino-americanos. Não é coincidência: foi essa denominação que deu origem aos gaúchos brasileiros – todas as pessoas nascidas no Rio Grande do Sul. Assim como os nossos, os gaúchos argentinos usam um chapéu característico, carregam um facão e exibem um lenço amarrado ao pescoço.
1982 – Espanha
A Espanha inovou na escolha de sua mascote, obra dos artistas espanhóis María Dolores Salto e José Maria Martín Pacheco, com o Naranjito. Foi a primeira vez que uma comida – a laranja – foi escolhida para representar o evento. A fruta típica do país usa um uniforme da seleção. O nome é o diminutivo masculino de “naranja”, a palavra espanhola para laranja. Assim como as anteriores mascotes mexicana e argentina, Naranjito carrega uma bola de futebol.
1986 – México
O México seguiu a onda da Espanha, desvinculando-se totalmente de sua primeira mascote e escolhendo o Pique. Colocou uma comida típica – a pimenta chili jalapeño – para representar o país. Pique veste um uniforme vermelho e branco, que, junto a seu corpo verde, contribui para formar as cores da bandeira do México. Para complementar o look mexicano, usa bigode e veste um sombrero. O nome vem da palavra “picante” que em espanhol tem o mesmo significado do português.
1990 – Itália
Na Copa de 1990, com o Ciao, a Itália ficou mais modernosa que suas antecessoras, parecendo um boneco feito de Lego, cuja cabeça era uma bola de futebol, pintado com as três cores da bandeira italiana. O nome Ciao é a palavra italiana usada para dar “oi” e “tchau”. Por seu design simples e marcante, trata-se de uma das mascotes mais icônicas das Copas do Mundo.
1994 – Estados Unidos
Os Estados Unidos escolheram Striker, uma espécie de cachorro para mascote. O animal, que veste roupas com as cores da bandeira norte-americana, foi escolhido por ser o bicho de estimação mais comum no país. O objetivo era atrair um público maior ao esporte, que não é tão popular no país. Não deu certo: o cachorrinho não chamou a atenção da criançada, deixando os souvenires da Copa do Mundo encalhados nas prateleiras.
1998 – França
A França escolheu um galo Footix. Seu corpo é predominantemente azul, cor do uniforme francês. O nome é criativo: uma mistura de “football” com “Asterix”, o mais famoso personagem de desenho animado francês. O personagem, criado por Fabrice Pialot, foi o vencedor de um concurso promovido pela Federação Francesa de Futebol.
2002 – Coreia do Sul e Japão
Única da história cuja sede foi dividida entre dois países. Os organizadores inovaram também na mascote: pela primeira vez, foram usados três personagens: Kaz, Ato e Nik. As criaturinhas futurísticas representaram a competição, realizada nos maiores polos tecnológicos do mundo, mas não foram bem aceitas pelo público. Os nomes foram escolhidos por meio de uma votação pela internet..
2006 – Alemanha
A Alemanha voltou às origens ao escolher uma mascote pra lá de tradicional. Assim como os ingleses fizeram em 1966, os alemães, 40 anos depois, elegeram um leão para representar seu país. A diferença é que a mascote alemã é um bicho de pelúcia. O nome Goleo vem da junção de “gol” com “leo”, latim para leão. Goleo era acompanhado por uma bola falante, apelidada de “Pille”, palavra coloquial para “bola de futebol” em alemão.
2010 – África do Sul
A mascote da primeira Copa do Mundo realizada em um país africano, desenhada pelo artista sul-africano Andries Odenhaal, foi um leopardo. O personagem tingiu os pelos de verde para se camuflar melhor no campo de futebol. Zakumi nasceu em 16 de junho de 1994, data em que a África do Sul se tornou uma república democrática. Simbolicamente, Zakumi representa a ainda adolescente democracia sul-africana, cheia de energia, mas que ainda tem muito a amadurecer.
2014 – Brasil
A mascote da Copa de 2014 foi um tatu-bola, animal típico da fauna brasileira ameaçado de extinção. O bicho foi batizado de Fuleco, que, segundo a FIFA, é uma junção das palavras futebol e ecologia. A novidade deu o que falar: na imprensa, nas rodas de amigos e nas redes sociais, não faltam críticas à escolha do nome. A maioria delas é devido à semelhança do nome com a palavra “fuleiro”, que, no português popular, significa algo de baixa qualidade.
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