Apesar da população feminina mundial ser 3.758.121.368 (dados de 25 de janeiro deste ano), corresponder a 49,6% do total de habitantes do planeta e o percentual de mulheres que entram no mercado de trabalho mundial ter aumentou sensivelmente nas últimas décadas, elas continuam ganhando menos que os homens, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Além disso, apenas 50% das mulheres em idade economicamente ativa participam do mercado de trabalho.
Entre os homens, o índice sobe para 76%. Outro aspecto da desigualdade de gênero é a disparidade salarial. Em média, homens ganham 23% a mais do que as mulheres. Além de se dedicarem a atividades produtivas remuneradas, mulheres também se ocupam em atividades domésticas, familiares e de cuidados sem receber nada por isso, gastando até 2,5 vezes mais tempo nessas tarefas do que os homens.
De acordo com o CIA World Factbook, as mulheres representam 3/4 de todos os analfabetos adultos no mundo. Segundo a ONU Mulheres, a falta de acesso à educação de qualidade poderia explicar por que mulheres continuam ganhando menos ou recorrendo a empregos informais para sobreviver. Contudo, a redução da desigualdade de gênero no ensino sugere que os problemas são outros. Segundo o organismo internacional , é a discriminação de gênero que leva mulheres a ocupar postos mais precários, com menor remuneração ou informais. A mão de obra feminina nem sempre conta com políticas públicas ou medidas do próprio setor privado que favoreçam um equilíbrio adequado entre o trabalho e atividades familiares.
Entre a parcela menos qualificada, é comum a saída da formalidade para setores não regulamentados, como o trabalho no comércio ambulante, na agricultura de subsistência ou como empregada doméstica. Em todo o mundo, 57% dos empregados e empregadas domésticas trabalham sem limite de horas.
Risco de desemprego
Segundo a OIT, as mulheres têm uma maior probabilidade de ficar desempregadas do que os homens, com taxas de desemprego global de 6,2%, contra 5,5% para os homens. Esta relação se repete em todas as regiões do mundo, com exceção do Leste Asiático, Leste da Europa e América do Norte. É no Norte de África e nos Estados Árabes que se verificam as maiores diferenças entre homens e mulheres no desemprego.
Na Europa do Norte, do Sul, Europa Ocidental e na América do Norte, o diferencial entre homens e mulheres no desemprego reduziu devido ao impacto da crise econômica sobre os setores de predominância masculina e o aumento das taxas de emprego das mulheres casadas, que ,em alguns contextos, entram no mercado de trabalho.
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