A Copa do Mundo não é só conhecida pelos países campeões e por reunir multidões em estádios. Quando as principais seleções do mundo entram em campo, a bola ganha papel de destaque. A principal estrela dos jogos ganhou evolução e grandes mudanças a partir de 1970, quando passou a ser patrocinada. Confira a evolução.
A capotão
Em 1930, no primeiro Mundial, a bola foi apelidada de “capotão”. A capotão era pesada e fechada com cordas que ficavam à mostra. Por falta de acordo entre Uruguai e Argentina na partida final, no primeiro tempo foi usada uma bola argentina e no segundo, uma uruguaia.
A Federale 102
Em 1934, na Itália, foi usada a Federale 102. A bola italiana era de couro e tinha 12 gomos. Na final, o jogador italiano Orsi marcou o gol e fez um efeito com a pelota que ficou, para sempre, na memória do público. No dia seguinte, ele até tentou, mas não conseguiu repetir o feito. Especialistas afirmam que a redonda poderia ter ficado torta durante a partida.
A Allen
Conhecida como Allen, a bola utilizada em 1938 na Copa da França era muito semelhante a italiana com os mesmos 12 gomos. Sua cor, porém, era mais escura que suas antecessoras porque teriam sido produzidas couro marrom originado de fornecedores locais.
A Super Duplo-T
Em 1950, no Brasil, entrou em campo a Super Duplo–T, de fabricação brasileira. Também possuía 12 gomos, mas tinha como diferencial uma câmara inflada como as bolas modernas, com válvula para enchimento. Assim, a costura externa não era mais necessária. Mesmo assim, como era feita de couro, seu peso praticamente dobrava quando era molhada.
A Swiss WC Match Ball
A Swiss WC Match Ball usada na Copa do Mundo de 1954 tinha 18 gomos e a cor alaranjada. Foi a primeira a ser fabricada com as dimensões padronizadas pela FIFA. Neste mundial, a média de gols por jogo foi de 5,38, sendo, até hoje, a maior da história das Copas.
A Top Star
Produzida na Suécia, sede da Copa do Mundo de 1958, a Top Star tinha 24 gomos e uma costura em zigue-zague, o que diminuía a tensão na bola. O modelo foi escolhido oficialmente pela FIFA após um teste com quase 100 modelos em uma quadra de Estocolmo.
A Mr. Crack
A primeira bola desenvolvida por um patrocinador entrou em campo em 1962: a Mr. Crack. Ela foi alvo de muitas críticas e, em alguns jogos, outras bolas de marca diferentes europeias foram utilizadas. Isso porque o couro absorvia a água e a bola ficava encharcada e pesada. Além disso, o sol fazia com que a bola perdesse a cor.
A Challenger
Fabricada por uma marca inglesa, a Challenger, de 1966, possuía 24 gomos e foi a última com cor de couro.
A Telstar
A bola com que o Brasil conquistou o tri-campeonato mundial no México, em 1970, foi a Telstar, a primeira bola preta e branca usada em uma Copa. Ela contava com 32 gomos, divididos em hexágonos brancos e pentágonos pretos, melhorando sua visibilidade na TV. A Telstar Durlst voltou a ser usada em 1974. Durante a competição, porém, foram lançadas outros tipos de bola, como a alaranjada, para melhorar a visibilidade em jogos na neve.
A Tango
Em 1978, na Argentina, entrou em campo a bola Tango. A diferença para o modelo anterior eram os tríades pretos, que formavam 12 círculos na bola. Igual a bola argentina, a Tango Espanhola, de 1982, se diferenciava da anterior por ser resistente à água e foi a última bola de couro usada na competição.
A Azteca
Em 1986, entrou em campo a Azteca, a primeira desenvolvida com produtos sintéticos e que minimizava a absorção de água. Os desenhos remetiam à cultura asteca, povo que viveu no México, país sede da Copa naquele ano.
A Utrusco
Utrusco era o nome da bola usada na Copa do Mundo da Itália, em 1990. Ela também lembrava a história antiga do país sede. São três leões decorando os 20 triângulos típicos da Tango. Ela foi a primeira totalmente impermeabilizada, por conta de uma capa de espuma de poliuretano que a envolvia.
A Questra
Produzida com materiais inovadores, a Questra, de 1994, ganhava mais velocidade com o chute, favorecendo os atacantes e prejudicando os goleiros.
A Tricolore
Em 1998, a Tricolore ganhou novas cores com tríadas pintadas de azul, branco e vermelho. A bola apresentou a tecnologia de um tipo de espuma sintética que distribuía a energia igualmente em toda a bola.
A Fevernova
A bola da Copa do Mundo de 2002, batizada de Fevernova, foi produto de três anos de aperfeiçoamento do modelo anterior. Revestida por seis camadas de diferentes materiais, ela possuía triângulos e tinha a cor dourada.
A Teamgeist
Em 2006 foi usada a Teamgeist, cujo nome significava “espírito de equipe”. Bem leve e impermeável, teve uma versão especial para a final, entre França e Itália. Além disso, em cada partida, nela constava o nome das duas equipes, o local e a data do confronto.
A Jabulani
Uma das bolas mais polêmicas das Copas do Mundo, a Jabulani, de 2010, contava com 11 cores, representando os diferentes dialetos e etnias de seu país sede: a África do Sul. A bola foi criticada por vários atletas, principalmente pelos goleiros, que diziam que ela tomava trajetória diferente do esperado.
A Brazuca
Utilizada na Copa do Brasil, em 2014, a Brazuca foi a primeira bola da história a ter apenas seis gomos, o que garante o formato mais uniforme. As cores e o design dos seis painéis foram inspirados nas fitinhas do Senhor do Bonfim, da Bahia, e simbolizavam a paixão e a alegria associadas ao futebol no Brasil.
E vem aí… A Telstar 18
Na Copa do Mundo da Rússia, será utilizada a Telstar 18. O modelo foi inspirado na bola de mesmo nome utilizada no Mundial de 1970, quando a seleção brasileira conquistou o tri. A Telstar 18 é uma repaginação do modelo clássico com 32 gomos pretos e brancos.
>> Baixe seu E-Book gratuito Dicionário do COMEX