Comércio Exterior na prática

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Podemos resumir a atividade de Comércio Exterior como o conjunto de compras e vendas de bens e serviços entre empresas e governos de países diferentes, além de todos os processos relacionados a essas transações. A expressão Comércio Exterior também é utilizada para designar as regras internas de um país relacionadas ao comércio internacional. Elas são criadas com o intuito de disciplinar todos os itens do exterior que entram no país, assim como a saída de produtos para outras nações.

O  Comércio Exterior trata das questões tributárias, financeiras, administrativas, comerciais e aduaneiras. A balança comercial, por sua vez, é o resultado dos valores recebidos pelas exportações, menos os valores pagos pelas importações. Quando as exportações superam as importações, a balança é superavitária. Quando as importações somam mais que as importações, a balança é deficitária. Os governos estimulam as exportações porque elas representam a entrada de recursos na economia do país.

Comércio Exterior

Controle

Hoje, no Brasil, existem alguns sistemas responsáveis por controlar e administrar as atividades referentes ao Comércio Exterior. Os mais conhecidos são o Siscoserv e o Siscomex, que retratam a evolução desse setor no país. Siscoserv é a sigla utilizada para o Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio. Ele é responsável pelo acompanhamento e aferição das políticas públicas para o setor de serviços.

O Siscomex refere-se ao Sistema Integrado de Comércio Exterior, ferramenta administrativa que inclui atividades de registro e controle das operações.

A carreira

No mercado de trabalho, Comércio Exterior é uma profissão que envolve operações de compra e venda de insumos, matéria-prima e produtos entre países diferentes. Quando uma empresa brasileira compra de uma empresa estrangeira, essa operação é chamada de importação. Quando é a empresa brasileira que vende para outro país, a operação é chamada de exportação.  Há uma série de regras e leis que devem sem respeitadas nessas transações comerciais entre países. E quem trabalha com Comércio Exterior deve ter um profundo conhecimento desses procedimentos.

Quem pretende seguir carreira na área de Comércio Exterior tem algumas opções de formação, podendo fazer, por exemplo, o bacharelado em Administração com Habilitação em Comércio Exterior ou Economia, seguido de uma pós-graduação da área. É possível ainda optar por um curso superior em Comércio Exterior.

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O curso de COMEX

Existem duas opções de graduação para quem quer estudar Comércio Exterior: o bacharelado, com duração de quatro anos, e o tecnólogo, com duração de dois anos. Ambos conferem diploma de nível superior. No bacharelado, o aluno tem uma visão mais generalista da profissão, com uma carga maior de disciplinas básicas e teóricas. Já o curso tecnólogo concentra em dois anos as disciplinas essenciais para o exercício da profissão, preparando o aluno para entrar rapidamente no mercado de trabalho.

O currículo de Comércio Exterior varia de acordo com o tipo de curso (bacharelado ou tecnólogo) e com a instituição. O curso de Comércio Exterior é oferecido em inúmeras universidades em todo o Brasil, com a maior parte das vagas na rede privada.

Colocação no mercado

Segundo o Guia Salarial do site de empregos Catho, o Sul do país é a área que melhor remunera. Nesta região, o salário médio é de R$ 3.300,00 aos profissionais em início de carreira. São Paulo e Rio de Janeiro ocupam uma posição intermediária no ranking. As melhores condições salariais no Sul são explicadas pela presença maciça de empresas exportadoras. No entanto, a maioria dos empregos está nas organizações de grande porte, principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Onde atuar

No mundo do COMEX é possível atuar em áreas como:

– Empresas importadoras e exportadoras
– Bancos
– Agentes de câmbio
– Assessorias de comércio exterior
– Tranding companies
– Agentes de carga
– Armadores
– Cias aéreas
– Transportadoras rodoviárias
– Armazéns
– Despachantes Aduaneiros
– Governos

Esse profissional também pode atuar em consultorias, uma área que vem crescendo muito nos últimos anos. Muitas empresas, principalmente as de pequeno e médio porte, não contam com um time especializado em COMEX. Elas precisam de ajuda para ampliar o alcance de seus negócios.

COMEX no Brasil

Embora o Comércio Exterior represente apenas pouco mais de um quarto do PIB, o Brasil está entre os 25 maiores exportadores e importadores do mundo. O país tem um enorme potencial econômico. Seus principais parceiros comerciais são a China, os Estados Unidos, os países do Mercosul e a União Europeia. O Brasil exporta principalmente produtos agrícolas e alimentícios (soja, café, açúcar, milho, carne), minerais, petróleo e veículos e importa hidrocarbonetos, veículos, produtos químicos e farmacêuticos e produtos elétricos e eletrônicos.

A balança comercial do Brasil é estruturalmente positiva, mas declinou nos últimos anos devido a uma queda nos preços das matérias-primas, um aumento nas importações de energia e uma queda na competitividade dos produtos brasileiros. O saldo em conta corrente do Brasil representou -0,6% do PIB em 2017 comparado a -1,3% em 2016. De 2013 a 2015, o Brasil registrou déficits comerciais, mas o saldo se recuperou desde meados de 2016 para alcançar US$ 8 bilhões ao final de 2017. Como superpotência agrícola do mundo, o Brasil conduz uma política de Comércio Exterior muito particular. O objetivo é conquistar mercados, preservando a todo custo sua posição influente.

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COMEX no mundo

Em  2017, o Comércio Exterior cresceu em ritmo mais rápido desde a crise financeira, com alta de 4,7% no volume, ante avanço de 1,8% em 2016, mesmo diante do aumento de medidas restritivas, de acordo com relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC). O valor em dólar das exportações de mercadorias subiu 11%, para US$ 17,7 trilhões em 2017, enquanto as exportações de serviços comerciais cresceram 7%, para US$ 5,3 trilhões.

De acordo com a OMC, este aumento foi impulsionado, em grande parte, por fatores cíclicos, incluindo aumento dos gastos de investimento, que tem um alto conteúdo de importação. De acordo com relatório, em 2017, os membros da OMC aplicaram 75 novas medidas restritivas ao comércio, incluindo aumentos tarifários, restrições quantitativas, imposição de impostos de importação e regulamentações aduaneiras mais rigorosas. Isso corresponde a uma média mensal de 11 medidas entre outubro de 2017 e maio de 2018, contra 9 registrado no mesmo período um ano antes.

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