A exportação de tabaco brasileiro alcançou 549 mil toneladas em 2019, com uma movimentação financeira de US$ 2,14 bilhões, consolidando o Brasil como a potência mundial no setor. Do total, 85% das exportações de tabaco são feitas pelo Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Os outros 15% saem de portos localizados no litoral de Santa Catarina e do Paraná.
Os números finais revelaram o incremento de 7,6% em dólares e de 19% no volume de tabaco embarcado, em relação ao ano anterior (2018). “Entramos em 2020 com expectativa de manter os bons números, sustentáveis em todos os sentidos. Continuamos comprometidos com esse propósito e atentos a outras questões que impactam a competividade brasileira. Este é o caso do contrabando”, destaca o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke.
De acordo com Miguel Brochetto, da Allog Rio Grande do Sul, a região sul do país é destaque na produção e exportação de tabaco. “Hoje a Allog participa nas movimentações do setor fumageiro, contribuindo ativamente nos processos logísticos de exportação de tabaco através do modais marítimo, aéreo e rodoviário”, reforça. Presente em 47% dos municípios dos três estados do Sul, a produção de tabaco é uma tradição centenária. O setor tem um fator determinante: a alta rentabilidade em pequenas áreas. Isso viabiliza a boa qualidade de vida dos produtores e sua famílias.
Confira também EXPORTAÇÃO DE PONTA A PONTA: COMO FUNCIONA A VENDA PARA OUTROS PAÍSES
No Rio Grande do Sul, o produto é cultivado por 75 mil produtores em 227 municípios gaúchos. Na safra 2018/2019, foram produzidas 312 mil toneladas em 142 mil hectares, gerando R$ 2,9 bilhões de receita aos produtores do Estado. “O tabaco representa mais de 10% das exportações gaúchas. Ele é, historicamente, o segundo produto mais embarcado, atrás somente da soja. O setor mantém o Brasil em destaque no cenário mundial, ocupando as posições de 2º maior produtor mundial e, desde 1993, de maior exportador de tabaco do mundo”, comenta Iro Schünke, presidente do SindiTabaco.
Segundo Ivan Bonetti, diretor de Políticas Agrícolas e de Desenvolvimento Rural da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, o tabaco tem uma grande relevância para a balança comercial gaúcha, ocupando o quinto lugar na lista de principais produtos do Estado. “Cabe destacar ainda que o levantamento realizado pela Emater apontou que o tabaco é a cultura que mais mantém o produtor na propriedade. Consequentemente, é a que mais evita o êxodo rural”, destaca.
Principais importadores do tabaco brasileiro
1º) Bélgica: US$ 526 milhões
2º) China: US$ 383 milhões
3º) Estados Unidos: US$ 189 milhões
4º) Indonésia: US$ 106 milhões
5º) Rússia: US$ 77 milhões
6º) Alemanha: US$ 67 milhões
7º) Turquia: US$ 60 milhões