A geração e o uso de energia solar têm crescido de forma acelerada e feito crescer a importação de placas fotovoltaicas no Brasil. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), somente no primeiro semestre de 2021, foram 142.199 novas adesões de consumidores à modalidade. O número é 44,3% maior que o crescimento verificado no primeiro semestre de 2020, quando foram instaladas 98.502 novas miniusinas.
A expansão acontece em todos os estados do Brasil. Minas Gerais, onde há benefícios tributários mais relevantes, foi o segundo estado com mais clientes novos no primeiro semestre: 23.614. O número é bem próximo ao de São Paulo, que registrou 23.973 clientes novos e ficou em primeiro lugar.
Conforme a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), o mercado cresce desde 2012, quando a Aneel iniciou a regulamentação que afeta o segmento.
EFEITOS NA IMPORTAÇÃO DE PLACAS FOTOVOLTAICAS
O crescimento do uso da fonte alternativa de energia também está impulsionando a importação placas fotovoltaicas para o setor. Dados da Allog apontam que entre 2019 e 2020 as importações de placas fotovoltaicas intermediadas pela companhia cresceram 63,5%, índice muito próximo ao crescimento nacional do setor no ano passado, que ficou em 70%.
Maiara Cordova, gerente de produto importação marítima da Allog, destaca que, se comparado os seis primeiros meses de 2021 com o mesmo período do ano anterior, o volume importado cresceu 30,5%.
GRANDES PROJETOS
Os grandes projetos do setor estão concentrados nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Ceará. Conforme Anderson Venâncio, vice-presidente da Allog, grande parte das importações de placas que chegam ao país com logística definida pela Allog tem como destino os portos do Nordeste, a exemplo de Salvador e Suape.
“Além de atender grandes projetos, a empresa tem demandas de clientes que focam na distribuição interna, com destino para os portos de Santos, Navegantes e Paranaguá, por exemplo”, acrescenta. Em sua maioria, conforme Venâncio, as placas fotovoltaicas saem dos portos de Shanghai e Ningbo, ambos na China.
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