Importação de polímeros: Egito surge como alternativa à China

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A importação de polímeros para o mercado brasileiro tem passado por mudanças estratégicas. Com a recente decisão do governo brasileiro de elevar as tarifas de importação de produtos químicos, principalmente oriundos da China, o mercado nacional busca novas alternativas para garantir o abastecimento de insumos essenciais para diversos setores industriais. Entre os produtos químicos de grande demanda, os polímeros se destacam, sendo amplamente utilizados na fabricação de plásticos, tintas, adesivos e outros materiais.

A resolução do Gecex-Camex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior) aprovou o aumento do imposto de importação de 30 produtos químicos. Com a decisão, a alíquota para compra desses itens no exterior, que variavam de 7,6% a 12,6%, saltou para 20%.

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Entre 2000 e 2023, a participação dos importados no mercado brasileiro cresceu de 21% para 47%. Automóveis, construção civil, alimentos e bebidas, eletroeletrônicos, brinquedos, calçados e pneus são alguns setores da economia afetados negativamente com o aumento das tarifas de importação para químicos.

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Egito: novo potencial fornecedor

Daniela Pinheiro Wagner, coordenadora de Booking Desk no Departamento Produto de Importação Marítima da Allog, explica que, nesse contexto, o Egito emerge como um potencial fornecedor na importação de polímeros. Isso porque a mudança não afeta a alíquota zero já estabelecida como algumas regiões, entre elas o Egito, Israel e Mercosul, devido a acordos comerciais anteriores com esses países.

O novo cenário contribuiu para impactar diretamente o crescimento das importações oriundas do Egito. Em 2024, o Brasil importou 50 mil TEUs de polímeros do Egito, 150% a mais do que os 20 mil TEUs trazidos em 2023. O salto pode ser percebido, principalmente, a partir de setembro de 2024, quando o governo passou a taxar o produto vindo de outras regiões do planeta.

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A indústria química egípcia tem demonstrado um crescimento significativo nos últimos anos, com investimentos em novas plantas e tecnologias. Isso coloca o país em uma posição estratégica para atender a demanda brasileira. “A busca por alternativas mais baratas e seguras tem impulsionado a procura por novos fornecedores como o Egito. Ele possui reservas consideráveis de gás natural, matéria-prima fundamental para a produção de diversos tipos de polímeros”, explica.

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Tendência de crescimento

Segundo Daniela, o Egito também oferece uma ampla gama de outros produtos químicos, como intermediários petroquímicos e aditivos para polímeros. Isso pode fortalecer ainda mais a relação comercial entre os dois países.

Desde setembro, quando o aumento na tarifa de importação foi anunciado pelo governo brasileiro, a Allog passou a sentir o crescimento da demanda pela importação de polímeros do Egito. “A tendência é que esta relação comercial amplie ainda mais nos próximos meses. Isso porque o país se apresenta como uma alternativa promissora para o fornecimento de polímeros e outros produtos químicos ao Brasil”, observa.

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