Nação Ubuntu: Allog apoia 50 crianças em campo de refugiados na África

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Em um mundo marcado por crises humanitárias esquecidas, o Grupo Allog tomou uma decisão que vai além de sua atuação no setor logístico: assumir o compromisso com o futuro de dezenas de crianças refugiadas em um dos contextos mais desafiadores do planeta.

Por meio de uma parceria com a organização Fraternidade sem Fronteiras, o grupo decidiu “adotar” 50 crianças refugiadas que vivem no campo de Dzaleka, no Malawi. O local, criado originalmente para abrigar entre 5 mil e 6 mil pessoas, hoje já conta com 50 mil habitantes. A maioria deles é refugiado de guerras étnicas e conflitos armados na região dos Grandes Lagos Africanos.

A iniciativa nasceu do envolvimento pessoal de nossos colaboradores aqui da Allog, que estiveram presencialmente no campo e foram impactados pela realidade local. “Não podemos ignorar o que vimos lá. É algo que nos tocou profundamente e nos impulsionou a ajudar”, conta Eduardo Meira, que integra o quadro societário do Grupo Allog. “É impossível voltar o mesmo depois de ver crianças com tanto potencial sendo esquecidas pelo sistema internacional.”

Nação Ubuntu crianças

A escola como ponte para a esperança

As 50 crianças adotadas pela Allog fazem parte do Projeto Nação Ubuntu, um braço da Fraternidade sem Fronteiras focado em educação e dignidade. O projeto mantém uma escola-modelo nos arredores do campo de Dzaleka, construída com a meta de se tornar uma escola de excelência internacional.

No Nação Ubuntu, essas crianças recebem duas refeições por dia, uniformes, acompanhamento educacional com metodologia Montessori e, principalmente, a chance de sonhar com um futuro melhor, algo raro em uma realidade marcada por escassez extrema e impossibilidade legal de trabalho e estudo formal fora do campo.

“Elas não são números. São poetas, futuros médicos, engenheiros, professores. Estão apenas no lugar errado do mundo, no momento errado”, comenta Eduardo Meira, ao contar sobre um jovem que já concluiu o Ensino Médio e se prepara para estudar em um instituto federal no Brasil.

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Adoção que muda vidas

Ao “adotar” as 50 crianças do Nação Ubuntu, o Grupo Allog assumiu o compromisso com o custo mensal de educação, alimentação e estrutura básica durante o ano letivo. A escolha recaiu sobre alunos do 4º ano do Ensino Fundamental, com o objetivo de garantir continuidade até o Ensino Médio, e, se possível, além.

“O custo por criança é muito menor do que se imagina. Não estamos falando de caridade, mas de investimento em vidas. Nosso objetivo é dobrar esse número em 2026”, destaca Eduardo Meira.

O modelo de adoção coletiva proposto pela Allog vai além da doação passiva: envolve engajamento interno, sensibilização de colaboradores e planos para ações voluntárias e caravanas, aproximando a empresa e seus profissionais da realidade do projeto.

Dzaleka, na língua local, significa “fim da linha”. Para os refugiados que ali vivem, o campo foi o destino após fugas desesperadas, muitas vezes deixando para trás entes queridos assassinados em conflitos. Mas, com a ajuda de iniciativas como a da Allog, Dzaleka pode ganhar um novo significado: recomeço.

A gente sabe que não vai resolver tudo. Mas, para aquelas 50 crianças, o mundo já começou a mudar. Se cada empresa fizer um pouco, podemos transformar o mundo”, afirma o executivo da Allog.

Nação Ubuntu crianças

Educação como ferramenta de transformação

Além dos desafios logísticos e humanitários, há uma barreira educacional significativa: a língua oficial do Malawi é o inglês, mas as crianças precisam aprender também chechewa, o idioma nacional. Isso porque, no oitavo ano, os estudantes devem fazer uma prova obrigatória para ingressar no Ensino Médio, e cerca de 50% não conseguem ser aprovados.

“É um trabalho hercúleo para os próximos anos”, explica Evaldo José Palatinsky, diretor-geral da escola de refugiados do Nação Ubuntu. O objetivo, segundo Evaldo, é implementar um currículo internacional, que dê às crianças alguma chance no futuro. “Por enquanto, temos alunos até o quarto ano, mas quero ver a primeira turma chegar ao oitavo e prestar a prova para o Ensino Médio. No futuro, talvez possam sonhar com uma universidade no Canadá, no Reino Unido, na França. O dia a dia de um campo de refugiados é feito de carências, e a maioria dos projetos humanitários se concentra em garantir água e comida. O nosso quer mostrar que a educação é a ferramenta que pode mudar o futuro das pessoas”, completa.

Mais informações podem ser encontradas no perfil do Projeto no instagram. Quem desejar, pode apadrinhar uma criança e contribuir com o projeto por meio do site da Fraternidade sem Fronteiras: https://www.fraternidadesemfronteiras.org.br.

 

 

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