A vontade de atuar no universo da logística internacional levou Fellipe Pimpão Giocondo, de 28 anos, a trilhar caminhos que o levassem, literalmente, para o mundo. A escolha pelo curso de Relações Internacionais na graduação foi o primeiro passo. Ainda na faculdade, iniciou como estagiário do Departamento Financeiro no Grupo Allog e, desde então, vem avançando promissoramente na carreira.
Desde março, Luiz Fellipe mudou-se para Shangai, na China, onde assumiu o desenvolvimento de negócios do Grupo Allog no trade Ásia. Acabou se tornando um autêntico representante do “Pessoas do Mundo Allog”, série de conteúdos que, ao longo de 2024, vem trazendo o perfil de diferentes profissionais do time que se tornaram cidadãos do mundo.
O convite para mudar
O convite para assumir a nova função da empresa na China surgiu depois de um período de quase 2 anos como analista de produto de importação marítima. Por coincidência, seu trabalho de conclusão de curso na faculdade – concluída na Universidade do Vale do Itajaí (Univali) – parecia mais uma premonição do que aconteceria alguns anos mais tarde. Seu TCC, apresentado em 2020, foi sobre o mercado chinês para a soja brasileira. O trabalho explicou os motivos do aumento da exportação de volume para o país.
“Lembro que a primeira sondagem sobre o meu interesse em ir para a Shangai partiu do Rodrigo Viti, diretor comercial da Allog. Topei na mesma hora e ainda ficava sempre questionando quando iria acontecer. O Viti e a Maiara Cordova foram os grandes responsáveis pelo meu desenvolvimento e amadurecimento para assumir a vaga na China”, recorda.
Choque cultural
Em Shangai, Luiz Fellipe já se adaptou à rotina corporativa da Ásia. Por lá, os escritórios atuam das 9h às 17h, com parada de 1h de almoço, em média. Embora as negociações que ele media aconteçam na língua inglesa, Fellipe explica que nem todos falam o segundo idioma na China. “O lado bom é que eles são bastante dispostos para tentar se comunicar, independentemente de falarem ou não inglês”, conta.
Um dos principais choques culturais para Fellipe está na alimentação, a qual é bastante diferente da que estava acostumado no Brasil. Os alimentos do dia a dia, segundo ele, costumam ser carregados de pimenta e coentro, geralmente cozido.
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Uma das comidas mais tradicionais do país é o hot pot, prato preparado em uma grande panela de caldo fervente que leva carne de boi, porco e peixe, além de legumes. Além disso, segundo ele, os chineses não têm o hábito de beber água gelada, por exemplo.
Fuso horário e tecnologia
Outra diferença de hábito bem singular é o fuso horário 13 horas à frente do Brasil, o que, em algumas situações, o obriga a conversar com a família e amigos brasileiros de madrugada na China.
Além disso, Luiz Fellipe precisou se adaptar rapidamente à tecnologia presente em praticamente todas as rotinas diárias. Segundo o profissional da Allog, a vida cotidiana do cidadão está concentrada em um aparelho de telefone celular. Isso inclui desde os cartões de crédito até o ticket do metrô para ir ao trabalho ou ao mercado. “No começo tudo é mais difícil, mas, gradualmente, a gente se adapta e passa a entender e admirar modos de vidas tão diferentes dos nossos”, conclui.
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