Tricampeã do mundo em 1970, a Seleção Brasileira conquistou em definitivo, naquele ano, a Taça Jules Rimet, troféu levantado pelos campeões desde 1930. A cobiçada peça, no entanto, ficou em poder dos brasileiros por exatos 13 anos, pois foi roubado em 1983 no Rio de Janeiro. Seu nome era uma homenagem ao ex-presidente da FIFA, que ajudou a criar a competição.
A taça era feita de prata esterlina e revestida de ouro, com uma base azul, media 35 centímetros e pesava cerca de 3,8 quilos. Quatro pessoas chegaram a ser presas e acusadas do roubo da taça, mas ela nunca foi encontrada e a hipótese mais provável é de que tenha sido derretida e vendida. Posteriormente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez uma réplica composta de ouro para substituir a versão original.
O troféu era tão valorizado que chegou a ser escondido dos nazistas em uma caixa de sapato pelo presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Ottorino Barassi. Na época, a taça – que era transitória – estava em poder dos italianos campeões que haviam conquistados os títulos de 1934 e 1938. Em 1942 e 1946, o Mundial não foi realizado devido a Segunda Guerra Mundial.
O roubo no Brasil, no entanto, não foi o primeiro da Jules Rimet. Em 20 de março de 1966, a taça foi roubada pela primeira vez em Londres, na Inglaterra, e encontrada uma semana depois, envolvida em jornais, na região de Upper Norwood.
A nova taça
A versão conhecida atualmente, que foi erguida pela última vez pela Alemanha em 2014, no Brasil, foi revelada ao mundo em 1974. Pesando pouco mais de 6kg, a obra do artista italiano Silvio Gazzaniga é feita de ouro maciço 18 quilates e tem base de malaquita (pedra semipreciosa), com 13 centímetros de diâmetro.
No início dos anos 1970, a FIFA encomendou um novo modelo de troféu para a Copa de 1974 e 33 desenhos foram enviados para a entidade. O trabalho de Gazzaniga foi o escolhido e acabou produzido por Milano Bertoni.
Embaixo da “Senhor Bola”, estão gravados os nomes dos países campeões mundiais desde 1974: Brasil (1994 e 2002), Alemanha (1974, 1990 e 2014), Argentina (1978 e 1986), Itália (1982 e 2006), França (1998) e Espanha (2010). O espaço será completamente preenchido na Copa de 2038, ano em que ela deve ser “aposentada” pela FIFA para que uma nova taça possa surgir.
>>Baixe seu E-Book gratuito Dicionário do COMEX