Escassez de contêineres afeta comércio internacional com a Europa

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A escassez de contêineres no mercado mundial está afetando o transporte de mercadorias da Europa para Brasil. Isso vem aumentando as taxas de frete em até 225% e interrompendo negócios. A dificuldade se deve ao aumento da atividade econômica na China, bem como a alta demanda de mercadorias nos mercados europeus e dos Estados Unidos.

Observadores da indústria dizem que empresas chegam a esperar semanas por contêineres para carregar mercadorias. Isso faz com que os custos de envio disparem. Cerca de 60% das cargas globais são movidas por contêineres e, de acordo com dados de comércio das Nações Unidas, existem cerca de 180 milhões de equipamentos em todo o mundo.

COMÉRCIO ÁSIA-EUROPA E A ALTA NOS VALORES

Marco Caldeira, Analista de Produto Importação da Allog, explica que desde novembro de 2019 quem trabalha com mercado externo verifica um aquecimento do  comércio Ásia-Estados Unidos e uma alta dos valores dos fretes.

Este fenômeno forçou várias companhias marítimas globais a reposicionarem contêineres vazios de diferentes partes do mundo para os mercados asiáticos o mais rápido possível. O objetivo é suprir a alta demanda do serviço trans-pacífico.

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As companhias também chegaram ao ponto de restringir as exportações de outros mercados como África e América do Sul. Elas recolheram esses contêineres vazios para serem reposicionados de volta para a China e alguns países do Sudeste Asiático.

IMPACTO NA CADEIA DO COMEX

Atualmente a tensão no mercado e a escassez de contêineres estão sendo sentidas em todo o mundo. Isso oprime as engrenagens do sistema de comércio global e chega no bolso do importador. “Era certo que esta movimentação iria causar impacto no trade mundial, visto que temos contêineres circulando entre Ásia, Estados Unidos e Europa com valores de fretes girando em torno de US$ 10 mil por contêiner”, pontua Marco Caldeira.

O trade Europa-Brasil sempre teve um frete linear, com pequenas alterações devido ao preço do bunker (combustível marítimo). “O problema aumentou quando os armadores se voltaram para este mercado. Isso fez com que a oferta de contêineres da Europa para o Brasil reduzisse drasticamente. O frete passou a sofrer fortes variações, além da implementação de uma nova taxa de Equipment Imbalance Surcharge (EBS)”, detalha.

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A escassez de contêineres afeta não apenas o setor de logística, mas também fabricantes, empresas comerciais e empresas de varejo. Como é muito provável que a falta de capacidade continue por algum tempo, é fundamental que os exportadores trabalhem com empresas de logística internacional qualificadas e confiáveis que possam assessorar os processos o melhor possível.

MONITORAR CADEIAS DE ABASTECIMENTO

Conforme o profissional, existe um movimento dos armadores para compra de contêineres e leasing de novos equipamentos para agregar às suas frotas.

No entanto, até que a oferta se estabilize, é importante que exportadores e importadores monitorem ativamente suas cadeias de abastecimento. Isso irá minimizar o tempo que os contêineres carregados ficam parados no porto após a descarga do navio. Também irá garantir o retorno imediato das unidades vazias ao terminal de contêineres.

COMO DRIBLAR ESTE MOMENTO?

Atenta à movimentação do mercado, a Allog procura oferecer sempre a melhor solução aos clientes, ajudando a driblar momentos complexos como este no comércio internacional.

Você precisa tirar dúvidas sobre questões ligadas a exportação ou importação de cargas?

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