As exportações de tabaco do Brasil devem apresentar acréscimo de 2,1% a 6% no volume e de 6,1% a 10% no valor em dólares em relação a 2020. No ano passado, foram exportadas 514 mil toneladas, totalizando US$ 1,638 bilhão em divisas. Os números fazem parte do resultado da pesquisa realizada pela Deloitte a pedido do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
De janeiro a março, segundo dados do Ministério da Economia, o embarque de 134 mil toneladas gerou divisas de US$ 418 milhões. A receita representa um aumento de 19% em comparação ao mesmo período do ano passado.
LÍDER MUNDIAL
Miguel Brochetto, da Allog, avalia que o crescimento na projeção se deve ao bom momento que vive o setor. Ele é alavancado principalmente pela valorização do dólar, o que impulsiona as exportações do segmento.
A empresa de logística internacional também estima um aumento nas exportações de tabaco entre os seus clientes. “Nossa expectativa é de que o crescimento atinja todas as empresas do setor. Isso deverá refletir no aumento das oportunidades para a nossa empresa”, pontua.
Em 2020, a Allog já registrou um crescimento substancial na venda internacional do produto em relação a 2019. Principalmente devido ao desenvolvimento de negócios junto a novas empresas exportadoras e importadoras.
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“O Brasil tem conseguido manter uma exportação anual em torno de 500 mil toneladas de tabaco. Isso demonstra uma estabilidade no mercado mundial mesmo diante do cenário de pandemia e todos os seus desdobramentos econômicos. Temos a expectativa de que o país se mantenha como líder mundial de exportações do tabaco. A posição é ocupada desde 1993”, diz o presidente do SindiTabaco , Iro Schünke.
CUIDADOS NO EMBARQUE
Conforme Miguel Brochetto, o mercado do tabaco é trabalhado por grandes empresas nacionais e multinacionais que demandam agilidade e qualidade nas informações e serviços prestados. Na hora de exportar, o maior cuidado refere-se à qualidade dos contêineres onde a mercadoria é embarcada. Unidades de baixo padrão podem afetar a qualidade do produto na chegada ao consumidor final.
A Allog atua no mercado de tabaco há quatro anos, quando uniu a expertise no segmento com a ampla relação com os prestadores de serviços. O objetivo é apresentar as soluções logísticas que mais se adéquem às demandas.
PRINCIPAL DESTINO: UNIÃO EUROPEIA
Em 2020, o tabaco representou 0,8% do total de exportações brasileiras e 4,1% dos embarques da Região Sul. No Rio Grande do Sul, estado que concentra quase a metade da produção do país, o produto foi responsável por 9,5% do total das exportações. Nas vendas do agronegócio brasileiro, o tabaco ocupa a oitava posição.
O principal mercado brasileiro em 2020 foi a União Europeia, destino de 41% do tabaco exportado. Ela é seguida pelo Extremo Oriente (24%), África/Oriente Médio (11%), América do Norte (9%), América Latina (9%) e Leste Europeu (6%).
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Entre os países, a Bélgica (US$ 414 milhões) continua sendo o principal destino do produto. Vem seguido da China (US$ 153 milhões) e Estados Unidos (US$ 125 milhões). Na sequência da lista estão a Indonésia (US$ 98 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 74 milhões), Turquia (US$ 55 milhões) e Rússia (US$ 54 milhões).