Pelas escolas, shoppings e encontros de crianças e adolescentes, só se fala disso. Os álbuns de figurinhas marcam simbolicamente o início do clima de Copa e atrai diversas faixas etárias do público brasileiro. O primeiro álbum oficial de figurinhas de futebol a circular no país foi o da Copa de 1950, realizada no Brasil. O produto era patrocinado pelas Balas Futebol, mais conhecidas pelos álbuns de figurinhas do que exatamente pelo sabor açucarado dos confeitos.
Um dado curioso: o álbum foi lançado meses depois do fim da Copa de 50, quando a Seleção Brasileira protagonizou a maior derrota de sua história, perdendo o título em casa para o Uruguai. Isso não impediu que o álbum virasse febre entre a criançada, alavancando as vendas da indústria de doces Americana, que fabricava as balas. O campeão Uruguai estampava a segunda página, depois da seleção canarinho.
Atualmente o Brasil é o grande protagonista quando se trata do consumo e coleção do álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Dentre as 92 nações em que é comercializado, o país é o que mais vende a peça: a quantidade é maior que o dobro da segunda colocada, a Alemanha.
O ato de colecionar cromos contagia muitas pessoas e não tem idade. Abrir o envelope e notar o rosto daquele jogador que falta na coleção, ou mesmo se deslumbrar com as cromos mais brilhantes, é algo que resiste ao tempo e até hoje conquista gerações.
Atualmente, são produzidos cerca de oito milhões de envelopes por dia. Considerando que cada pacotinho contém cinco figurinhas, são 40 milhões de cromos fabricados todos os dias. E o ritmo de produção deve persistir até as datas próximas do Mundial na Rússia. O pacote com cinco figurinhas é vendido a R$ 2. O álbum, que conta com 682 figurinhas, custa R$ 7,90 e o álbum de capa dura: R$ 49,90 em forma de kit, com mais 60 figurinhas.