O que, de fato, conhecemos sobre nós mesmos? Como nossa infância e nossas experiências de vida interferem em nossa saúde mental e na busca pela felicidade? Quando tristes, como identificar o momento de pedir ajuda antes que a depressão nos derrube?
O tema – muitas vezes difícil de ser abordado no ambiente corporativo – foi o foco de um bate-papo informal entre colaboradores do Grupo Allog e o psicanalista Jair Ferracioli. Sentados entre almofadas distribuídas pelo chão da empresa, times de diferentes setores pararam por quase 1 hora e meia para falar sobre saúde mental, depressão e o sentido da vida.
“É conhecendo a própria loucura interna que a gente se conhece de verdade”, citou Ferracioli, chamando a atenção do grupo para o foco do debate.
A condição psíquica de um indivíduo está diretamente ligada a diferentes fatores: vai desde a vida intrauterina até o meio ambiente em que passou a infância e adolescência, sem deixar de esquecer a carga genética e os hábitos diários enquanto adulto. “É um pacote de experiências que, de uma forma ou de outra, define se nossa existência faz ou não sentido.” Além disso, a dor da mente é única e personalizada: nenhuma tristeza ou depressão poderá fazer sentido ao outro.
O psicanalista reforçou a importância de pedir ajuda sempre que o corpo e a mente dão sinais que algo não vai bem. E que é preciso romper a barreira do preconceito quanto à terapia, especialmente no Brasil, onde há ainda muita rejeição e estranhamento sobre o tema
“É algo cultural. Em países como Inglaterra e Argentina, fazer terapia é algo tão comum quanto ir ao médico ou ao dentista. O autoconhecimento abre caminhos enormes para o desenvolvimento individual”, cita.
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