Exportação de iates para o mercado internacional segue tendência de alta

Compartilhe esse artigo

A exportação de iates e barcos de lazer fabricados no Brasil deve repetir o bom desempenho do ano passado e crescer dois dígitos em 2021. Segundo a Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar) as exportações do produto nacional cresceram 10% em 2020 em comparação ao período anterior. O mercado brasileiro de barcos cresceu em torno de 20% em 2020 em relação a 2019, conforme a entidade. A expectativa é de que as vendas continuem em alta ao longo de 2021.

Eduardo Colunna, presidente da Acobar, explica que a associação estima que as vendas externas cresçam pelo menos mais 10% até o final deste ano. “O índice poderia ser maior, porém, o desafio é o fornecimento de motores e equipamentos para atender a demanda”, explica.

BOM MOMENTO PARA OS FABRICANTES BRASILEIROS

Em Santa Catarina, maior polo produtor de barcos do Brasil, a exportação de iates tem se mantido em alta nos últimos anos. O bom momento para os fabricantes brasileiros se reflete também na movimentação de embarcações no sistema portuário catarinense.

Carlos Souza, gerente de Projetos e Cargas Especiais da Allog, empresa especializada em logística internacional, avalia que alguns fatores favoreceram o crescimento da exportação de iates e barcos de passeio e lazer. A alta do dólar frente ao real é uma delas. “Os importadores estão percebendo que o Brasil tem excelentes estaleiros e o preço das embarcações produzidas aqui são menores quando comparado aos de outros países”, destaca.

exportação de iates

A pandemia é outro fator que pode ter contribuído para o aumento das vendas, conforme avalia Eduardo Coluna. “Com a pandemia ocasionada pelo Covid 19, as pessoas passaram a dar mais valor para a qualidade de vida ao ar livre. A navegação propicia uma forma de isolamento”, diz o presidente da Acobar.

DO BRASIL PARA O MUNDO

Conforme Carlos Souza, os Estados Unidos são atualmente o principal importador dos barcos de passeio fabricados no Brasil. No primeiro semestre de 2021, a Allog movimentou 15 embarcações com destino ao mercado externo e a expectativa é que o volume de negócios cresça em 30% no segmento até o final do ano.

>>> Exportação de barcos é alternativa para fabricantes nacionais.

As embarcações made in Brazil também estão sendo exportadas para países como Porto Rico, China, Singapura, Alemanha e Itália. O fato de Santa Catarina ser um polo de produção naval, com uma estrutura portuária consolidada com cinco portos em uma faixa costeira de pouco mais de 531 quilômetros, também coloca o Estado como uma referência na movimentação de barcos para o mercado externo.

Com um departamento de cargas de projeto e experiência reconhecida neste tipo de operação, a Allog oferece assessoria logística especializada para movimentação e exportação de iates e barcos de passeio em terra e mar.

LOGÍSTICA CRITERIOSA

A movimentação de barcos de lazer precisa ser extremamente criteriosa. É necessário identificar serviços marítimos e rotas e avaliar os terminais que possuem a melhor infraestrutura e know-how para içamentos.

Além disso, é importante obedecer às regras de legislação fitossanitária — principalmente quando utilizado madeira nos berços —, realizar a coordenação dos agentes envolvidos e ter conhecimento sobre peação, responsável pela segurança da embarcação durante os movimentos de içamento e travessia marítima.

>>> Baixe gratuitamente o Dicionário do Comex. 

exportação de iates

Mais artigos

Hugo Arruda Pereira
Geral

Hugo Arruda Pereira é o novo parceiro do Grupo Allog

Um novo parceiro comercial foi recentemente integrado ao Grupo Allog: Hugo Arruda Pereira. A expansão nacional anunciada pela empresa neste início de 2022 inclui a chegada do executivo à Allog. Nome de peso no cenário de comércio exterior do país, Hugo atuou por 43 anos nas empresas Itápolis/Itatrans/Agility. O executivo, com profundo conhecimento do negócio,

Blog

VGM: Você controla peso de seus contêineres?

As novas regras de pesagem certificada (VGM – Verified Gross Mass), estabelecidas pela IMO (International Maritime Organization), em vigor desde julho de 2016, parecem ter colocado um fim ao problema da falta de controle específico sobre os pesos dos contêineres. Pelo menos do ponto de vista da pró-atividade das empresas em se adequarem aos novos

Rolar para cima
Previous slide
Next slide