O calor pode incomodar muita gente no verão, mas é especialmente benéfico para o setor de importação da indústria cervejeira. Conforme aumenta a perspectiva de consumo para a temporada, cresce também a importação de insumos para a fabricação da bebida. Números do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços mostram que, de janeiro a setembro deste ano, a importação de malte inteiro ou partido não torrado – um dos quatro componentes básicos para a produção da bebida, junto com lúpulo, levedura e água – cresceu 41,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O malte que chega ao Brasil vem de países como Argentina Uruguai, Bélgica, França, Alemanha, Ucrânia, Rússia, Espanha e Austrália. Segundo dados da Embrapa, a produção nacional de cevada atende aproximadamente 40% do consumo de malte da indústria. Grandes maltarias trabalham com malte brasileiro e importado. Mesmo os pequenos fabricantes têm acesso à matéria-prima importada, seja de forma direta ou comprando no mercado nacional via importadoras.
Caroline Ferlin, coordenadora de Importação Marítima da Allog, explica que para atender a demanda do consumo de cerveja no verão, a importação para a indústria cervejeira começa a aumentar já partir do segundo semestre do ano. Segundo Caroline, as estratégias de companhias que possuem atuação fora do Brasil podem impactar nossa demanda de importação e exportação. Isso porque precisam remanejar nesses mercados a disponibilidade de rótulos/marcas.
A demanda de importação para a indústria cervejeira, no entanto, não se restringe à matéria-prima para a elaboração de bebidas. Também inclui produtos como embalagens em suas diversas formas, rótulos e tampas. A cerveja para o brasileiro é a bebida do ano inteiro, mas 60% das vendas anuais estão concentradas entre novembro e abril. O período é considerado verão expandido, segundo a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe). Dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CerveBrasil) apontam para uma produção anual de 14,1 bilhões de litros por ano no país.
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