Quantas histórias cabem nas memórias de um viajante? Quantos páginas de livro daria para escrever com momentos felizes, tensos, desesperadores ou engraçados? E quantos países ainda cabem nos sonhos de quem viaja por escolha e filosofia de vida?
Para a gerente comercial Adriana Hulek, perfil do mês de junho da série Pessoas do Mundo Allog, as melhores memórias e histórias de viagens estão contidas em 18 países visitados, incluindo 2 anos de residência na Irlanda, onde estudou e trabalhou.
Tudo começou em 2013, aos 23 anos de idade, após concluir a faculdade de Comércio Exterior pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), quando decidiu buscar novas experiências mundo afora. O objetivo central era aprimorar o inglês.
Fora da zona de conforto
O país escolhido: Irlanda, no Reino Unido. Lá, morou na capital Dublin, em um apartamento de dois quartos com quatro amigos brasileiros. Estudava pela manhã e trabalhava como babá à tarde na casa de uma família local. “Foi a melhor experiência da minha vida, algo que me trouxe maturidade e inteligência emocional. Viver longe da zona de conforto, trabalhar, estudar e pagar suas próprias contas são lições para toda a vida. Além disso, mantenho contato até hoje com a família com a qual trabalhei, tenho muita consideração por eles”, conta.
Nas férias, Adri tinha oportunidade de conhecer outros países da Europa e até da África. Na lista de nações onde já pisou estão Inglaterra, França, Holanda, Croácia, Bélgica, Espanha, entre outros. Depois que retornou para o Brasil, viajou ainda para a Alemanha, Estados Unidos, Áustria e Chile. “Quando morei na Europa, viajava sozinha, com amigos ou em grupos. Tive a oportunidade de conhecer vários países e ampliar muito meus horizontes e a forma de enxergar o mundo”, lembra.
Entre as lições que ela destaca da experiência de viver no exterior está a de respeitar a diversidade. “Existe um mundo gigante fora do mundinho que nós vivemos. No Brasil eu morava na casa dos meus pais, em uma cidade de apenas 30 mil habitantes. Lá fora, você passa a entender que existem pessoas e vivências muito diferentes do seu universo e que está tudo bem”, cita.
Experiências incríveis
Entre as recordações de viagens como Pessoas do Mundo Allog, Adri conta que a mais incrível foi no Marrocos, país do continente africano. “Eu e mais quatro colegas passamos a noite em um acampamento no deserto do Saara, com um céu completamente estrelado. Dormimos de cobertor em pleno deserto, usamos turbantes e passeamos de camelo. Inesquecível”, diz.
A Croácia a surpreendeu positivamente. Ela conta que é um país extremamente barato e com praias paradisíacas. Adri lembra que assistiu à fatídica partida em que o Brasil perdeu de 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014 em um bar da Croácia, repleto de torcedores alemães. “Foi constrangedor ver a seleção perder de goleada no meio deles. Uma amiga fanática por futebol saiu chorando do lugar. De lá fomos para a balada afogar as mágoas do jogo”, recorda.
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Na Grécia, Adri lembra de uma situação, no mínimo, inusitada. No hostel onde ela e uma amiga estavam hospedadas, apareceu uma mulher – aparentemente embriagada – dizendo que tinha perdido o marido na viagem. As duas nem deram bola, achando que estava delirando. No meio da noite, no entanto, a polícia local bateu no quarto onde dormiam em busca da tal mulher porque tinha encontrado o marido. “Foi então que eu e a outra moça ficamos assustadas, pois entendemos que o marido tinha Alzheimer e havia, de fato, se perdido da companheira. No final tudo acabou bem, mas se a senhora dependesse de alguma ajuda nossa pela situação, estaria procurando o marido até hoje”, se diverte.
Próximos destinos?
As próximas viagens? Adri sonha em Tailândia, Dubai e Ucrânia, para visitar Chernobyl, área do maior acidente nuclear da história, que matou milhares de pessoas em 1986, na extinta União Soviética. Também tem vontade de fazer um safari para conhecer uma criação de girafas na África do Sul.
Boa viagem, Adri! O mundo é seu.