Queda da Ponte de Baltimore: impactos no transporte marítimo

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A queda da ponte de Baltimore (EUA), na madrugada do dia 26 de março, após ser atingida por um navio porta-contêineres, está gerando impactos consideráveis no transporte marítimo americano. Com a queda da estrutura, o acesso ao porto ficou limitado, impactando o setor de commodities e outros produtos que dependem do transporte marítimo nos Estados Unidos.

As empresas de navegação em rota pela região estão tendo que buscar alternativas para transportar seus produtos, o que pode aumentar os custos de logística e frete para rotas envolvendo a costa leste dos Estados Unidos. O desvio de navios para outros portos pode gerar aumento nos custos de transporte e atrasos na entrega de mercadorias.

O colapso da ponte pode ainda prejudicar a competitividade do porto de Baltimore em relação a outros portos da região. O fechamento da estrutura e as restrições ao tráfego marítimo também podem causar interrupções nas cadeias de suprimento, gerando perdas às empresas que dependem do transporte rodoviário e marítimo para escoar sua produção ou receber insumos.

queda da ponte de Baltimore

Navio a serviço da Maersk

“Por enquanto, não será possível chegar aos terminais de contêineres ou a uma série de outros terminais portuários em Baltimore. Em 2023, os terminais movimentaram 1,1 milhão de TEUs, volume que agora precisa ser encaminhado através de outros portos da região”, disse o analista de transporte de contêineres Lars Jensen ao Sea Freight Newsletter. “Isso significa que a carga já detida nos terminais de Baltimore teria que esperar um período desconhecido para a reabertura da rota marítima. Ou seria destrancada e transferida para um porto diferente”.

O navio envolvido no acidente é um porta-contêiner com bandeira de Singapura e tinha como destino o Sri Lanka. O cargueiro, batizado de Dali, tem 300 metros de comprimento e 48 metros de largura, de acordo com o site MarineTraffic. O navio era operado pela empresa Synergy e estava a serviço da Maersk. Segundo a operadora, nenhum membro da tripulação ficou ferido na colisão.

Impactos para o Brasil

O acidente com a queda da ponte de Baltimore pode ter impactos negativos também para o comércio exterior brasileiro. As empresas exportadoras devem tomar medidas para mitigar os impactos, como diversificar os portos de embarque, negociar contratos de frete e monitorar a situação.

Com o fechamento temporário do porto de Baltimore – 6º em movimentação de cargas na costa leste dos EUA em 2024 – as rotas alternativas viáveis para exportações na região são Norfolk, na Virgínia (3º porto mais movimentado), e Filadélfia, na Pensilvânia (4º porto mais movimentado).

Segundo Rodrigo Viti, diretor comercial do Grupo Allog, não há alteração no custo para novos embarques, mas o destino da carga em curso dependerá da política de cada armador. “A Allog oferece a possibilidade de estudar a melhor logística de distribuição através de nossa equipe de US Domestics. A solução será customizada, atendendo à necessidade de cada cliente”, pontua Viti. “A Allog trabalhará em conjunto com seus clientes para encontrar soluções alternativas que atendam às suas necessidades”, completa.

A empresa está em constante contato com o mercado para definir o melhor processo de exportação até a retomada das operações em Baltimore. Entre os principais produtos movimentados no porto estão madeira, ferro, café, máquinas elétricas, papel e comida industrial.

Os portos alternativos à Baltimore:

Porto de Norfolk

Localização: Aproximadamente 200 km ao sul de Baltimore.

Vantagens: Maior porto da Virgínia, com infraestrutura moderna e conectividade com diversos destinos internacionais.

Porto da Filadélfia

Localização: Aproximadamente 160 km ao norte de Baltimore.

Vantagens: Proximidade com grandes centros de consumo e acesso a diversos modais de transporte.

 

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