As relações dentro do ambiente de trabalho não precisam ser baseadas apenas na competitividade. Quando há empatia nas empresas e entre os membros de uma equipe, ela pode alcançar metas maiores do que quando é levado em conta apenas o resultado pessoal. Incentivar esta habilidade dos colaboradores harmoniza o ambiente de trabalho e promove a construção de laços mais ricos na empresa. A empatia, a representatividade e o empoderamento feminino, por exemplo, têm tomado força e destaque. O assunto tem sido constantemente debatido no âmbito político, religioso e no mercado de trabalho.
Além disso, de acordo com a articulista americana Susan M Heathfield, consultora em desenvolvimento de gestão e organização, com mestrado em aconselhamento organizacional pela Universidade de Michigan, quando outras pessoas entendem seus sentimentos, sua vida é mais fácil e gratificante. “Isso é verdade em todos os aspectos da vida, mas você pode sentir isso mais intensamente no local de trabalho se seu chefe ou empresa não tiver empatia por você, escreveu Susan em um artigo publicado em janeiro deste ano.
Empatia do chefe X colaboradores
A articulista explica que geralmente uma lacuna de empatia nas empresas acontece quando o chefe acha que as pessoas vão se sentir de um jeito, mas elas se sentem de outro. Um exemplo comum é quando o proprietário de uma pequena empresa dedica todas as horas ao seu negócio e espera que seus colaboradores façam o mesmo. Ele ama o negócio, quer ter sucesso e faz todos os sacrifícios necessários para isso. Os funcionários, no entanto, vêem o negócio como um local de trabalho. Eles podem sim amar a empresas e querer que isso aconteça, mas também desejam ir para casa ao final do expediente e não pensar sobre isso até a manhã seguinte.
Isso pode causar conflito entre chefe e funcionários. O patrão se pergunta por que as pessoas não estão trabalhando tanto quanto ele e os funcionários acham que o chefe é um capataz irracional. A desconexão é o vazio da empatia nas empresas. E a lacuna da empatia nas empresas pode afetar negativamente mais as mulheres do que os homens. Homens e mulheres costumam ter prioridades diferentes. As mulheres, por exemplo, preferem flexibilidade temporal a salários mais altos, enquanto os homens sacrificam o tempo fora de casa por um salário maior.
Um ser apático, ou seja, que é indiferente aos sentimentos de outras pessoas, tem dificuldade em lidar com adversidade e contribuir com um ambiente saudável. Isso acontece, segundo Susan M Heathfield, porque a pessoa acredita que apenas sua visão importa e, quando lidamos com ‘convívio saudável’, pensar dessa forma não funciona. E, não é de surpreender que empresas que tratam seus funcionários de forma ríspida como se fossem robôs costumam possuir uma alta rotatividade de contratações. “Quando a empatia não é ativada, as relações humanas acabam se tornando um verdadeiro fardo”, diz Susan.
Empatia com mães
A melhor forma de lidar com a desigualdade de gênero dentro das empresas é usar a empatia. A sugestão é de Elisabet Dennehy, professora da Universidade de Pittsburgh e fundadora da Consultoria Rodriguez Associates, especializada em integração de gênero em empresas. A especialista afirma que impor políticas obrigatórias nas organizações não mobiliza as pessoas a pensarem na questão da diversidade. “A neurociência mostra que, quando criamos empatia, as pessoas abraçam com mais felicidade a mudança”, explicou.
Para ela, as mulheres ainda se sentem obrigadas a escolher entre carreira e cuidar da família – ou geram muito sentimento de culpa por priorizar suas carreiras. “Se obrigamos as mulheres a escolherem entre trabalho e cuidar dos filhos, esse sistema não está funcionando”. Por isso, as organizações devem pensar em iniciativas que ajudem a criar um ambiente melhor para mulheres que querem ser ou são mães.
Empatia na Allog
Neste ano, a Allog está investindo em ações de endomarketing para aumentar o engajamento do seu público interno. A palavra de ordem das ações de endomarketing adotada pela empresa é justamente “empatia”. Com foco em pequenas ações, a ideia é fazer com que a empatia esteja, de fato, presente no dia a dia da Allog em pequenos projetos, como a aplicação de conteúdos, brincadeiras e atividades. “Contamos com a ajuda de todos para atuar e transmitir empatia nos relacionamentos com os colegas de trabalho. Já em um segundo momento, desejamos levar a empatia em todas as relações da Allog com o mercado, incluindo clientes, fornecedores, parceiros e a sociedade em geral”, completa Tiago Schaffrath, coordenador de Marketing da empresa.
Mulheres no mercado de trabalho: elas ainda estão em desvantagem