Mercado de carga aérea: Allog prevê expansão em 2024

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O mercado de carga aérea vive um momento de expansão, com projeções otimistas para 2024. Essa tendência se aplica tanto ao cenário global quanto ao Brasil, impulsionada por diversos fatores, como o crescimento do comércio eletrônico e a globalização da economia. A avaliação é de René Genofre, diretor de Departamento Aéreo do Grupo Allog, que falou sobre o tema em workshop realizado no Meeting Comex 2024. O evento reuniu executivos da logística internacional de todo o Sul em Joinville (SC).

mercado de carga aérea

Em fevereiro deste ano, a demanda mundial por frete aéreo aumentou 11% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as tarifas tendem a subir ao longo do ano e o aumento da capacidade de movimentação não é suficiente para reduzir os preços. “Quem define os preços é a lei da oferta e da procura, e hoje estamos em um mercado vendedor”, pontua René.

Antes da pandemia, aviões de passageiros transportavam 54% de toda a carga aérea do mundo. A crise sanitária, no entanto, abalou essa hegemonia, com a redução do número de voos e o aumento da demanda por transporte de cargas. Atualmente, 43% da carga aérea viaja na “barriga” de aviões de passageiros, evidenciando a importância dessa modalidade. Outros 37% da carga são transportados por cargueiros das companhias aéreas, representando uma parcela significativa do mercado. Já 20% restante da carga aérea fica por conta de empresas de expresso, que atendem a uma demanda específica por rapidez e eficiência.

Cenário dinâmico

René Genofre enfatiza, no entanto, que o mercado de transporte aéreo de cargas está em constante transformação, com novas tecnologias, desafios e oportunidades surgindo no horizonte. “As empresas que desejam se manter competitivas nesse cenário dinâmico precisam acompanhar as tendências, investir em inovações e se adaptar às mudanças”, comenta.

Em sua palestra, o executivo fez uma análise do mercado e destacou que 37% da carga aérea global tem origem no continente asiático. No ano passado, foram movimentados 53 milhões de toneladas pelo modal aéreo. Os números contribuem para a definição dos locais onde as companhias aéreas investirão na movimentação de cargas.

Fatores de mudança no transporte aéreo global

René acrescentou ainda que o transporte aéreo global está em constante evolução, impulsionado por diversos fatores interligados que moldam o futuro da indústria. “Compreender esses pivôs de mudança é crucial para todos os stakeholders do setor”, disse.

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A crescente preocupação com a preservação ambiental impulsiona esforços por combustíveis sustentáveis, maior eficiência de voo e otimização do tráfego aéreo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa pelas aeronaves. A poluição sonora também é um foco importante, com o desenvolvimento de novas tecnologias para motores mais silenciosos, a definição de zonas de silêncio e a implementação de medidas de mitigação sonora para as comunidades em torno dos aeroportos. Além disso, a gestão de resíduos a bordo e nos aeroportos exige soluções inovadoras para reciclagem, reuso e compostagem, minimizando o impacto ambiental do setor.

Regulamentação rigorosa na segurança

René complementa que a regulamentação rigorosa do transporte de mercadorias perigosas (DGR) é fundamental, exigindo atualizações constantes nas normas e treinamentos rigorosos para a equipe aeroportuária e tripulações. Eventos climáticos extremos como tempestades, furacões e outros fenômenos exigem planos de contingência robustos, sistemas de alerta aprimorados e infraestrutura aeroportuária resiliente para garantir a segurança das operações.

A investigação de acidentes e incidentes, a promoção de uma cultura de segurança em todos os níveis da indústria e treinamentos contínuos para pilotos, tripulações e equipe em terra também são essenciais para prevenir acidentes e garantir a segurança dos voos.

 

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